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Inclusão da pessoa com deficiência nos esportes e e-Sports

  • Foto do escritor: leilaevangeli
    leilaevangeli
  • 13 de mar.
  • 4 min de leitura

De acordo com a ONU (Organização das Nações Unidas), "pessoas com deficiência são aquelas que têm impedimentos de natureza física, intelectual ou sensorial, os quais, em interação com diversas barreiras, podem obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade com as demais pessoas."


Como funciona um processo de inclusão do PCD nos esportes?

O esporte é um fator motivacional e de qualidade de saúde, presente na vida de milhares de pessoas em suas diversas modalidades e situações. Pensando na importância de agregar o esporte à vida de todos, surge uma barreira sobre como incluir pessoas com deficiência na prática esportiva.

A inclusão surge como meio de dar acesso a essas modalidades, seja incluindo, adaptando e dando suporte a essas pessoas na prática esportiva.

Visando incluir esse público em competições ou pequenas aulas práticas das modalidades, é importante considerar o suporte de adaptação, como:

  • Estar ciente sobre as leis que isentam pessoas com deficiência em competições ou que possibilitam descontos, oferecendo incentivos à participação.

  • Adaptar os espaços para deficiências físicas, intelectuais e sensoriais.

  • Dar ênfase aos processos de visibilidade do PCD como fator de representatividade nos esportes.

  • Assegurar os direitos previstos por lei nos espaços de prática.

  • Incentivar a inclusão social entre o público PCD e pessoas que não possuem deficiência para o bom convívio e interação no ambiente esportivo.


Os Jogos Paralímpicos: origem e importância no processo de inclusão nos esportes

O processo de inclusão de pessoas com deficiência nos esportes teve início por volta do século XX, inicialmente para pessoas com deficiência auditiva. Em 1920, alguns esportes começaram a ser adaptados para pessoas com deficiência visual. Após a Segunda Guerra Mundial, houve o interesse na inclusão de pessoas com deficiência física, principalmente por conta de muitos soldados voltarem mutilados ou com mobilidade comprometida pelos vestígios da guerra.

No período entre 1944 e 1948, houve a abertura de dois espaços destinados à reabilitação de veteranos de guerra que tiveram ferimentos e traumas medulares. Em 1948, aconteceu uma competição esportiva envolvendo esse público em Stoke Mandeville, Inglaterra. No mesmo dia dos jogos de Stoke Mandeville, ocorria a cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos de Londres.

Os jogos de Stoke Mandeville contaram com 14 participantes, e as modalidades eram destinadas a deficientes que utilizavam cadeira de rodas. Na segunda edição dos jogos, os Países Baixos se juntaram à competição, dando origem a um evento internacional destinado a pessoas com deficiência: as Paralimpíadas.

Desde 1960, foram realizados 11 Jogos Paralímpicos de Verão e 7 Jogos Paralímpicos de Inverno. Até 2011, o Brasil utilizava os termos "Jogos Paraolímpicos" e "atletas paraolímpicos". Nesse mesmo ano, houve a necessidade de padronizar os termos para "Jogos Paralímpicos" e "atletas paralímpicos". Desde 1960, foram realizadas 16 edições dos Jogos Paralímpicos, trazendo visibilidade e inclusão ao público nos esportes, proporcionando não apenas esperança para aqueles que tiveram seus sonhos interrompidos por acidentes, mas também a oportunidade de integrarem o mundo esportivo, buscando qualidade de vida e superação de suas limitações.

Com a crescente visibilidade, organizações brasileiras passaram a acolher essas pessoas, oferecendo-lhes oportunidades no esporte. Atualmente, há forte apoio de organizações não governamentais e sem fins lucrativos, que muitas vezes são as únicas formas de acesso aos esportes adaptados. No entanto, ainda existe uma diferença de oportunidades entre diferentes regiões do Brasil, o que causa um desfalque na igualdade de acesso ao esporte.

Outro desafio é a falta de profissionais qualificados para atuar com atletas paralímpicos. Muitas universidades não dão a devida ênfase à qualificação profissional nesse segmento. Para suprir essa lacuna, desde 2010, o Comitê Paralímpico Brasileiro oferece cursos de formação, capacitação e workshops com o objetivo de atualizar a qualificação dos profissionais do setor.

Graças a esses esforços, o Brasil vem se destacando ao longo dos anos como um dos principais países a desenvolver recursos para a inclusão nos esportes, proporcionando espaço e oportunidades para que essas pessoas se reinventem por meio do esporte.


O que são e-Sports?

Esports, e-Sports ou eSports são uma abreviação de Electronic Sports, ou Esportes Eletrônicos em português. Eles englobam um conjunto de jogos de videogame e computadores que podem ser transmitidos e jogados por milhares de pessoas ao redor do mundo.

Existem diversas modalidades e categorias que organizam as competições nesses jogos. O e-Sports tem ganhado cada vez mais espaço e visibilidade no mundo do entretenimento, sendo uma opção flexível e dinâmica, especialmente popular entre jovens e adultos inseridos no universo Geek e Gamer. Diferentemente das décadas passadas, os e-Sports têm destacado a competitividade e criatividade dos jogadores, desde jogos simples até os mais elaborados, como FPS, RPG, MOBAs, Battle Royale e simuladores.

Os esportes eletrônicos vão além do entretenimento, sendo vistos como uma forma de terapia e interação social. Existem diretrizes no e-Sports para garantir o bom convívio entre os jogadores e proporcionar inclusão para todos.

Os jogos eletrônicos se mostram um ambiente de superação e adaptação, permitindo que todos possam participar de forma ativa e inclusiva, utilizando tecnologia adaptável e acessível para romper barreiras. Assim, os e-Sports continuam crescendo como um espaço de representação e diversidade no universo digital.

Texto produzido em 26/12/2020

São Paulo

 
 
 

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